Há poucas semanas, Alatazan estava numa nave de transporte em massa vinda de Katara.
Katara (que significa "nós resolvemos" em seu idioma mais popular) é um planeta não muito distante, que gira em torno de um sol gelado e azul claro*. Lá existe a tradição de enviar seus jovens para outros planetas, com o fim de passar um tempo ali aprendendo seus costumes e dando um tempo para os pais que querem ter uma folga das manias desses jovens.
Alatazan escolheu o Planeta Terra depois de consultar no Google Sky e achar bonitinha a forma rechonchuda, molhada e quentinha da Terra. E assim, veio parar aqui através de uma coisa que parece um prato cheio de lâmpadas coloridas. Sim, eles conseguem acesso à nossa internet, e você saberá em breve como fazem isso.
Algumas semanas depois de chegar à Terra, Alatazan percebeu que o nosso pequeno planeta estava em polvorosa com aquilo que chamávamos de "Engenharia de Software". Ele ainda não compreendeu como haveria uma engenharia para uma coisa mole e sem forma, mas Alatazan é otimista, sempre. E sabe que vai resolver esse enigma.
Depois de resolver a questão de sua reluzente careca com uma peruca bacana (apesar do amarelo ser um tom de amarelo incomum para cabelos), Alatazan também procurou resolver uma questão menos importante mas muito chata: seus documentos.
Com documentos que o fizeram se tornar menos esquisito aos olhos dos terráqueos, Alatazan conseguiu uma vaga em um curso da tal "Engenharia de Software". Logo percebeu que não havia engenheiro de software algum, na verdade os profissionais da engenharia de software eram chamados de muitos nomes, como "analistas", "arquitetos", "projetistas", "desenvolvedores", "codificadores", "homologadores", "enroladores", enfim, eram muitos títulos, não muito claros, e Alatazan ainda não entendia bem para quê serviam tantos nomes para se realizar atividades tão parecidas.
Na saída da primeira aula, Alatazan estava um tanto atordoado com as confusas definições que ouvira. Ainda não entendia como Arquitetura e Engenharia serviam para definir quase as mesmas coisas de um assunto, e também não entendia pra quê serviam todos aqueles desenhos, que precisam ser refeitos todos os dias e repetidos em códigos e outras formas de repetições... Foi quando ele notou que uma garota e um rapaz eram os únicos que desciam a rampa, que pareciam se divertir.
Alatazan pensou: "puxa, do quê esses dois esquisitos estão rindo depois de toda essa tortura? Deve haver algo que eu preciso entender..."
Alatazan se achava no direito de achar os terráqueos esquisitos. Eram todos diferentes dele, e ele tinha um alto padrão de beleza para Katara: um belo topete (sim, isso também será explicado), olhos de desenho japonês, e dois belos dedos em cada pé!
E foi assim que Alatazan conheceu Cartola e Nena, seus parceiros nessa aventura.
Próximo capítulo: O que é Django? Como é isso?